segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Sobre coisas realmente sérias

Eu poderia simplesmente deixar de ser eu e passar a imaginar o que não foi. Eu poderia, mas não o faço.
Eu poderia desistir de crescer e me contentar com o pouco que os demais acreditam ser o suficiente. Eu poderia, mas não o faço.
Eu poderia viver com medo de sentir, de ver e de saber e passar toda a trajetória nas sombras. Eu poderia, mas não o faço.
Eu poderia evitar os sofrimentos e me transportar para um mundo irreal, onde eu sempre seria a princesinha do reino. Eu poderia, mas não o faço.
Eu poderia simplesmente me esquecer num canto, sorrir por sorrir e nunca chorar. Eu poderia, mas não o faço.
Eu poderia renegar o amor, trapacear a dor, driblar enfrentamentos. Eu poderia, mas não o faço.
Eu poderia me render a mediocridade humana, responder a altura dos inimigos. Eu poderia, mas não o faço.
Eu poderia tomar o caminho curto, seguir as regras. Eu poderia, mas não o faço.
Eu poderia falar o que tanto querem ouvir. Eu poderia, mas não o faço.

Porque eu sou minha essência pura, porque crescer é algo incontrolável na minha concepção, porque não tenho medo de sentir, de ver e de saber e porque as sombras sempre me deprimiram muito. Porque eu sei que o sofrimento é o que nos faz crescer, porque tenho pavor de viver numa redoma de vidro, porque o amor é algo que nunca recuso, porque a dor sempre recebo, porque nunca me esqueço de mim, porque só sorrio quando tenho realmente vontade e o choro é parte de mim porque enfrento tudo o que vier. Porque a mediocridade é o que mais desprezo e os inimigos jamais me alcançam, porque o caminho curto não é o mais bonito e as regras devem ser quebradas. Porque eu só falo o que me interessa dizer... E não há ninguém que me faça ser diferente do que sou.

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