segunda-feira, 6 de abril de 2009

Estou vendo Twister. Que deve estar passando pela milésima vez. E eu nem gosto. Sei lá. Eu e essa minha mania de me forçar a fazer o que não quero/gosto.

É que é difícil mudar velhos hábitos.

Eu sei, eu sei.


Mas então. Vamos falar do que interessa. E que não tem absolutamente nada a ver com a introdução. Ou tem. Você quem decide, Zuzu.

Enfim, como é que tem gente de mal humor nesse mundo, não é não? Gente que do mais nem menos é grosso com quem não conhece, não se esforça pra ser simpático. Não é que eu me esforce. Pelo contrário. Porém não acredito que alguém que nunca vi na vida e que está só de passagem pela minha frente seja o culpado de todos os males que me acontecem e não tenho que descontar todas as minhas desgraças em cima do ser. Fui a um médico que verdadeiramente não deve pensar assim. Porque me tratou como se a culpa de todos as tragédias e infortúnios que aconteceram e acontecerão na vida dele são culpa minha. Sequer olhou pra minha cara. Sequer sorriu. Tenho até dúvidas se deu boa tarde quando entrei.

Aí me surgem várias perguntas: Será que alguém forçou que ele fizesse medicina? Acho que não, né? Não se ele já estava lá, clinicando num hospital particular. Era domingo a tarde e trabalhar num domingo a tarde acaba com o humor de qualquer um? Pois era. Mas foi o que ele escolheu, carambolas... Será que ele não sabia disso? Coitado. E será que ele realmente achava que eu estava muito feliz em estar perdendo a minha sagrada soneca de domingo a tarde porque uma puta dor não me deixava andar?
O caso é que o enfermeiro foi bem mais atencioso do que o médico. Ah, sim. E o "dotô" sequer acertou no medicamento. Não serviu de nada. Que vontade de mandar um e-mail bem mal-criado pro plano metendo o malho no fulaninho... Mas, sei lá. Estou numa nova linha de pensamento: e tenho pena de pessoas assim. Só pena. Quando um motorista de ônibus me fecha, eu só penso "coitado... Vai ser motorista a vida inteira, por isso que precisa fazer essas coisas... pra se sentir superior". E aí eu considero se ele é sempre assim, não é mesmo? Porque pode ter acontecido alguma coisa que o transformou em um ser tão mal humorado... E talvez nem sempre seja assim. E, como eu disse, fui apenas uma pessoa que passou pela vida dele e é quase certo que nunca mais nos encontremos.
Pode parecer bizarro, pode parecer errado. Mas é muito melhor ter compaixão pelas pessoas do que raiva delas. Compaixão é um sentimento quase que divino. Te coloca num nível superior ao mundano. Não é fácil ter compaixão, ainda mais de quem te sacaneia. Mas eu tenho. Porque hoje eu vejo que pessoas que têm atitudes/comportamentos baixos são pessoas que dificilmente sairão desse patamar. Porque elas ou tem muita raiva no coração (e a raiva os corrói, as destrói, sem a ajuda de mais ninguém) ou tem pensamento muito mesquinho e pequeno (e estão presas por elas mesmas).

Mas sim. Eu continuo falando mal. Eu continuo não livrando a cara. Eu continuo xingando. Mas é isso. É o momento. Não levo comigo. Não deixo a raiva ficar. Eu a acalento com a compaixão.

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