nhé

Eu tô assim-assim. Daquelas coisas que não tem como explicar, motivo para ser. Sei lá. Nada para reclamar. As coisas vão bem, obrigada. Sono demais. Vontade de comer chocolate. Apreensão em umas outras tantas. Querendo que o tempo passe logo. Colocando tudo na balança. Considerando que falo demais. E levo certas coisas a sério demais. E esqueço umas tantas outras. Queria férias. O pior é que o marasmo é meio que de férias. Por um tempo muito longo. Pisando em ovos. Mas tudo na calma. Não sei se o pior já passou. Não sei o que está por vir.

Só que estou, sei lá, meio nhé.

E tem esse sono que não passa. E intercala com a insônia maldita. E a certeza do que eu quero. E a incerteza do próximo passo. E hoje estou feliz. Não sei o porquê. Mesmo que não haja porquês para estar triste. Pensativa. Considerando e reconsiderando. Frase que ficou: "A vida te provoca? Respira fundo e vai!". Porque é assim mesmo, não é? Não tem como não levantar e ir e encarar e fingir que você está feliz e a felicidade vem da alma. Fingir que você é uma boa pessoa.

E que não quer mandar ninguém tomar no cú.

Nhé-nhé-nhé.

Falando demais. Não querendo aguentar provocações. Não querendo cair em provocações. Louca pra provocar, pra implicar com alguém. E não vale a pena, eu sei. Certas coisas não valem a pena. Eu sei disso. Mas um monte de gente abstrai e finge que tem que ser assim e só assim que funciona. Cansada disso. O que me lembra do sono. Muito sono. Sono eterno em tardes eternas.

Só sei que eu tô assim-assim, meio sei lá como. Sem muito saco pra nhé-nhé-nhé.