E eu posso dizer, Caro Leitor, que no momento eu sou uma motorista de verdade... Enquanto subíamos, tudo na paz, sem chuva, clima agradável e... nenhum carro vindo do lado oposto... Comentei com o namorado, mas ele disse que ali não tinha muito trânsito mesmo. E é verdade, visto que a estrada é muito ruim mesmo... E de repente.... de repente não tinha mais asfalto na minha frente, Zuzu. Simplesmente isso. Era tudo terra, muita terra. Mas vamos lá e continuemos. Deus é grande! E de repente... Olha que lindo! Tinha um morro inteiro na estrada.
Já dirigiu no barro, Zuzu? Mas peraê... não um 4X4. Eu tenho um utilitário! Nem de carro é chamado acho eu! Carros normais do estilo do meu não atingem mais de 120km (digo normais porque o meu chega a 140... hihihi... mas não conte a ninguém porque é segredo).
Namorado perguntou se eu queria deixar que ele levasse. O quê?????? Colocar os meus pés no barro pra trocar de lugar com ele?? De jeito nenhum!!! Muito, muito, muito divertido o modo como o carro derrapeia e quase parece cair na ribanceira... Muito divertido mesmo. Quase que o japonês saiu todinho, todinho. E o namorado só dizia "não freia, não freia, não freia!!". Claro que eu não freava, mas estava querendo muito que o carro parasse e não fosse lá no pé da ribanceira. Eu só pensava em como iria acionar o seguro numa estrada sem sinal de celular (ó como sou otimista? Não pensei que poderia morrer...). Bem. O carro parou. Batendo de lado do deslizamento. Legal. Um carro parado de lado no meio do barro, do lado deslizamento com o tempo querendo fechar de novo. Que maneira interessante de morrer, penso agora. Eu não tenho nenhum Super Man de plantão pra voltar o tempo e me salvar.
Mas sim, Zuzu! Com muita calma e ajuda psicológica do namorado, conseguimos passar... Êêêê! E acabou? Claro que não! Muitas barreiras. Muitas delas. E uma parte com a estrada afundada... E quando pensamos que tudo acabou e estamos no Happy End... Madame Machado. Isso é um bairro. Com nome de puta velha. Um bairro com nome de puta velha que acabou. O rio invadiu uma florália de dois andares e acabou com tudo. E pro outro lado ninguém tinha que passar.
Solução?
Sim, essa mesma.
Voltar.
Voltar lá pra Terê.
Voltar pela 495 - a estrada que não existia mais.
Mas eu já tinha provado ao mundo e a mim mesma que sabia dirigir no barro e pedi pro namorado voltar com o carro.
Falando em carro...
Alguém quer lavar o pobrezinho? Não sobrou nenhuma parte limpa... Ainda bem que a chuva limpou o capô... Porque até no capô tinha barro de quando eu bati no deslizamento.
Tá vendo aí, Zuzu!! Foi aí que eu derrapei! Divertido, né?
Fiquei tão nervosa que nem lembrei de tirar fotos... Hunf!
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