sábado, 7 de novembro de 2009

Geisy Arruda é expulsa da UNIBAN

Olha, já escutei de tudo. Desde que foi machismo dos alunos a que foi marketing da universidade. Mas eu mantenho a minha opinião - que a mulher gosta de aparecer. E, sinceramente, será que a faculdade chegaria ao cúmulo de expulsar o pivô da confusão se não estivesse - pelo menos - com um pouco de razão?

Retifico que defendo que não foi nem um pouco justificável aquela confusão toda, mas acredito que foi uma reação em cadeia. Mas não vejo como as 600 pessoas - como diz a reportagem abaixo - buscassem a "defesa coletiva do ambiente escolar". Elas buscavam o apedrejamento da garota mesmo. Mas, realmente, acredito que outras gurias já devam ter usado saias curtas ou afins e nada tenha acontecido na faculdade. O problema é, sem dúvida nenhuma, a aluna que realmente deve ter a auto-estima nas nuvens, ao ponto de perder o bom senso em alguma esquina.

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Uniban decide expulsar aluna que usava vestido curto

A Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban) decidiu expulsar a estudante de Turismo Geisy Arruda, de 20 anos, que foi perseguida, encurralada e xingada por um grande grupo de alunos nos corredores da instituição, no câmpus de São Bernardo, porque usava um vestido curto. Ela saiu do local escoltada pela polícia. O tumulto ocorreu no dia 22 de outubro e ganhou repercussão, gerando debates sobre intolerância na sociedade, após vídeos terem sido colocados do Youtube.

"Com o término da sindicância e da apuração dos fatos, a universidade decidiu desligar Geisy de seu quadro de estudantes por entender que ela foi responsável, que provocou a situação com sua atitude", afirmou à reportagem o assessor jurídico da Uniban, Décio Lencioni Machado. "Nunca tinha acontecido isso e outras meninas usam vestidos e saias curtas. Ocorreu com ela por causa de sua atitude em querer aparecer, desfilar na rampa, tirar fotos e passar pelas salas", justifica.

A sindicância da instituição decidiu também que suspenderá temporariamente os estudantes envolvidos no tumulto e advertirá funcionários que também foram identificados. Em comunicado, a Uniban afirma que cerca de 600 estudantes se aglomeraram em torno de Geisy na ocasião, "o que resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar".

Ainda de acordo com o texto, Geisy "tem frequentado as dependências da universidade em trajes inadequados e que indicam uma postura incompatível com o ambiente da universidade". A instituição diz que ela foi "alertada constantemente sobre a inconveniência de seus trajes". No dia do tumulto, "colegas indicam que, no interior do banheiro feminino, a aluna se negou a trocar a minissaia por um traje menos provocante".

Geisy, que foi informada sobre a decisão pela reportagem, contou que vai recorrer à Justiça. "A Uniban vai comprar uma briga maior ainda", disse ela, na tarde de hoje (7). "Eu não sou um problema. Os alunos é que agiram como bichos", afirmou a jovem, que trabalha em um mercado perto de sua casa.

O episódio provocou reações diversas dentro da própria universidade. Nos dias seguintes ao ocorrido, estudantes se dividiam entre os que condenavam a atitude de Geisy, reforçando a ideia de que ela provocou as agressões que sofreu, os que não viram tanta importância no tumulto e os que consideraram a reação em massa uma violência exagerada.

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