Daí que...

Esse final de semana fui a outra festa de noivado. Pois é, outra. Acho que está na moda casar. Ainda bem que eu detesto seguir tendências da moda. A merda é que tenho que ficar escutando certas pessoas que parecem um disco arranhado... Só sabe falar de casamento. Deusdocéu... Será que não tem vida além disso não?

Enfim, voltando a vaca fria... O caso é que me haviam dito que era algo bem informal, só família, coisa íntima. Então, fui bem riponga mesmo. Namorado também. E parecíamos dois jécas, porque a coisa era absurdamente chique e a casa estava incrivelmente cheia. 

Acho que tem gente que tem que rever a ideia que tem de coisa íntima e informal. 

Mas esse nem é o ponto principal. O caso é que cada vez mais me convenço que esse tipo de evento é a coisa mais sem noção que há. Sempre me passa a sensação que a mulher quer mostrar ao mundo que finalmente vai desencalhar. Não, eu não consigo me convencer que ela quer mostrar a felicidade de ter um ótario homem que quer passar toda a vida a seu lado. Tem gente que vai achar que a minha visão é negativista, ou pseudo-feminista. Mas nem é. Porque eu acho legal quem quer ficar noivo, quem quer casar. Nos dias atuais querer ficar com alguém por mais de uma noite já é bem louvável. Querer ficar com alguém dentro da mesma casa, aceitando as diferenças, manias, cheiros e defeitos do outro é lindo, maravilhoso, encantador. 

Mas eu continuo achando que é desnecessário juntar todo mundo e mostrar "gente, vamos ter alianças".   Na verdade, acho que só há uma coisa muito boa nessas celebrações: Se ganha horrores de presente. E eu adoro ganhar presentes, de qualquer tipo. Quero dizer, quase qualquer tipo. Porta-detergente não, obrigada. 

Bem, pelo menos a comida estava boa. E os docinhos, maravilhosos.