quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ei, eu tô aqui!

Daí que eu falei aí embaixo sobre a não necessidade de responder torpedos/e-mails/scrap e sei lá mais o quê no momento que se recebe.

Eu sei.
É difícil controlar os dedinhos nervosos.
Mas há situações que, caramba, não dá, não se aceita.

Então, daí que fui a uma consulta médica na quarta-feira passada e tive que esperar séculos porque... a médica não saía do telefone. Resolvendo pendências de obra. Ok. A gente entende.

Finalmente quando ela veio me atender deixou o Blackberry em cima da mesa. No meio da consulta recebeu uma mensagem ou e-mail ou algo que o valha e, sem nenhuma cerimônia, pegou o aparelhinho dos infernos e começou a responder. E eu tava lá, no meio do meu relato, explicando as coisas e... e ela ligou o foda-se! Profissionalismo pra quê, né? Olha, eu parei de falar e esperei pra ver se a mulher se mancava. E não, ela não se mancou. Foram quase 5 minutos até que ela voltou a me dar atenção - atenção meia-boca, porque a mensagem a deixou totalmente avoada. Ainda bem que o meu caso não era de vida ou morte! E acho que agora entendi como tem médico que esquece tesouras/gases/pinças dentro de pacientes. Devem estar lá, fazendo a cirurgia e de repente recebem um sms dizendo "Qual é a boa da night?" e o doutor suuuuper responsável deve estar louco pra comer alguém e larga tudo - literalmente e em qualquer lugar - só pra responder.

Mas continuando com a minha vida, na sexta-feira fui a outro médico porque fizeram vodu com a minha pessoa e meu ombro não parava de doer com nenhum dos medicamentos tarja preta que tenho malocados aqui em casa. Fui no final do expediente, entre dois colégios. E vem o médico me atender. Esse pelo menos fez um exame superficial para dizer que eu tinha "distendido o músculo das costas" e vai lá sentar na sua mesa pra fazer a minha receita e... Recebe uma mensagem. Pára o mundo, pára de falar, paciente!, pára de escrever a receita só pra responder a mensagem. Deve ter sido algo inadiável do tipo "compra a ração do gato" e ele tinha que parar tudo pra perguntar "qual é o sabor mesmo?"

E nessa segunda fui a um órgão público resolver um problema e quando vou ser atendida a mulher já se aproxima com celular em punho. Pelo menos essa pediu desculpas. Pediu mas continuou digitando. Esperei que ela terminasse. Daí que começa o atendimento e... Opa! Outra mensagem! E vamos parar o processo de novo porque, sei lá, ela deve estar evitando a 3ª Guerra Mundial via SMS.

E vendo tudo isso percebi que a implicância com alunos em sala de aula - ao ponto de se criar uma LEI para isso - para que saiam do twitter, do Facebook e afins não é uma coisa de adolescente. Esses casos foram de marmanjos velhos que não são essa geração internética. São balzaquianos moderninhos e olha lá!

Há que se ter respeito. Há que se dar o exemplo. Porque há momentos nos quais não podemos, simplesmente não podemos, atender o celular ou responder uma mensagem. Há 20 anos atrás você tinha que usar orelhão, o Google ainda era um deus-bebê e se dissessem que teríamos um telefone portátil com todas as funcionalidades que temos hoje em dia, riríamos e chamaríamos o visionário de maluco.  

Então, por quê? Por que não se pode esperar o final de uma aula, o término de uma consulta ou a pausa para o café para checarmos e respondermos eventuais mensagens?

Sabe também não?

Então, peraê que vou lá jogar a pergunta no Twitter e mandar todo mundo dar RT, abrir uma enquete no Facebook, criar uma comunidade no Orkut e ainda perguntar no YAHOO RESPOSTAS. 






2 comentários:

  1. aproveitando. Alguem entende q nao pode mais falar/usar celular me banco?

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  2. Estas tecnologias transformaram qualquer ser humano normal em "celebridades". As pessoas acham que são a última bolacha do pacote, as pessoas mais importantes do mundo, que precisam estar conectadas o tempo inteiro, pois senão podem perder coisas preciosas. E é só idiotice, se você pensar bem. Minha sogra não desliga o celular nunca, ela acha que se desligar ela vai perder alguma coisa, além de se achar mega importante pro mundo. Gente, aceitem sua mediocridade. Sério mesmo, eu ainda me choco com estas coisas também. Você não estpa sozinha hehehehe

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