quarta-feira, 17 de outubro de 2007

... por veces el pasado es deveras presente...

Eu não quero mais mentir
Usar espinhos que só trazem dor
Eu não enxergo mais o inferno
Que me atraiu
Dos cegos do castelo me despeço e vou
A pé até encontrar
Um caminho
O lugar
Pro que eu sou

Eu não quero mais dormir
De olhos abertos me esquenta o sol
Eu não espero que um revólver venha explodir
Na minha testa se anunciou
A pé a fé devagar
Foge o destino do azar que restou

E se você puder me olhar
E se você quiser me achar
Se você trouxer o seu lar
Eu vou cuidar
Eu cuidarei dele
Eu vou cuidar
Do seu jardim
Eu vou cuidar
Eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar
E de você e de mim


O que se tem do amor...

§ Pode, pode dizer ao mundo que o amor não é só prazer, não é alegria.

O amor trás a dor e a desilusão. Vale mais ser deixado na gaveta. Pois o amor pode fazer muito mal. Muita dor. Muitos abismos. Negros, muitos caminhos negros. Há salvação?

§ Diz a sabedoria popular que amor com amor se apaga

§ O amor é dor que nunca pára quando se transforma o objeto amado na vida inteira, como se nada além - nada mais - existisse antes e depois do que se ama;

§ Amor é loucura, doença, aflição. O não ser sendo, o não querer, querendo.

§ Pai... afasta de mim esse cálice . Tira de mim o que não compreendo.

... Como se pode querer que se tire de nós o que mais nos dá força para viver? Como querer que se afaste da luz, que por ser tão forte, tão mágica, tão envolvente, nos leva à loucura, ao precípicio?

§ Como amar e aprender a não nos des-amar quando nossas expectativas não estão em nós, não são nossos sonhos e nossa vida já não o é sem um complemento?

§ Amar...

Até onde se vai ....

§ Até onde vamos, ou conseguimos ir, jamais será o suficiente; pois tudo nessa vida passa. Mesmo que não desejemos e tentemos lutar contra. Parte-se o amor, mudam-se os amantes. O que fazer quando ficamos com aquele gosto amargo, aquela sensação de que erramos e que, sim, poderíamos ter mudado o rumo. AH! Mortais... Como lutam para igualar-se aos deuses

§ Amamos sem perceber. Não que não percebamos verdadeiramente. Fingimos muito bem que o fazemos.

§ Mas as coisas passam, transformam-se. Assim o é com o amor. Nem todos ficam nesse altar de sentimento inigualável.

§ Pois que o seja. Nem sempre o objeto amado merece ficar em meu altar.

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