terça-feira, 23 de setembro de 2008

Mamãe, eu vou casar...

Dia desses fiquei sabendo que um daqueles namoros quase que eternos havia chegado ao fim. Pelo o que me contaram foi a namorada em questão que terminou o namoro, coisa que para mim soava bem estranho, afinal de contas soube que costumavam acontecer brigas feias porque a guria em questão estava louca pra casar/morar junto/algo que o valha e o carinha vivia dando pra trás com a conversa de “ainda sou muito novo para isso”. Que o seja. Cada um no seu quadrado e vida que segue. Ele pode, realmente, se achar muito novo. O problema é que a namorada em questão é bem uns 5 anos mais velha e acho que o desespero de quero me casar de branco vivia batendo na porta. Por isso saber que o final de namoro havia sido partido dela foi algo que me deixou bem curiosa. Enfim, o que aconteceu foi que ela deu uma “dura” no namorado, do tipo: ou casa ou larga. Simples assim. E o cara repetiu o discurso “sou muito novo para isso”. Aí ela cortou a corda e disse que não queria mais brincar de namorada. Pois é.


O que aconteceu?

Não, o cara não arranjou outra e apareceu casado em 3 meses. Fez pior: voltou pra namorada com um “anel de compromisso”. Isso. Aos 30 anos ela não ficou noiva. Ela tem um anel de compromisso. Seja lá o que isso significa.


De acordo com o lado masculino que me cerca, o cara deu foi um cala-boca pra namorada. E eu tenho que concordar. Afinal de contas, o que mudou? Diz a guria que “ela tem muitos planos, que não queria casar agora”. Sei. Morde aqui pra ver se sai coca-cola...


Ah, e o conselho dela foi que “eu apertasse que também conseguiria”. A minha resposta foi “não dê essa idéia ao meu namorado, pelo amor de deus!”.


O que você me diz, Zuzu? Vale realmente a pena terminar um namoro para criar um pseudo-noivado? É assim que se consegue um marido nos dias atuais?


Tem gente que acha que é errado aquele “test drive” antes do casório em si. De morar junto, de colocar escovas de dente na mesma pia etc. e tal. Tem gente que diz que assim é que se faz o cara se acomodar e não querer casar. Será mesmo? Porque um “anel de compromisso” pode muito bem acomodar o infeliz... Pode não? Acredito que tudo que tem que ser, será e não vai ser com um “ou dá ou desce” que vai resolver. Acho eu, pelo menos.


Já comentei em algum lugar (não lembro em qual blog, em que época) sobre uma amiga que sempre se envolve em relações bem problemáticas. A última delas foi o cara “pedir um tempo” e fechar qualquer forma de diálogo com um “não me procura que eu te procuro”. Cara, se é comigo, recebe de resposta um “vai tomar no cú” e deleto o ser da minha vida. Mas ela não. O pior é que tinha contato com a família do cara. A mãe do ser sempre dizia “fulano perguntou por você”... e coisas do gênero. Coisas que faz com que a esperança de que tudo volte a ser como antes continue viva. Mesmo que eu defenda que depois de certas coisas o ANTES e O DEPOIS ficam bem divididos... Enfim. No aniversário dela o ser resolveu comparecer. Porque ela convidou a família dele. Me diz: que coisa é essa de adotar família de FDP? Eu queria entender como ela consegue... Mas vamos lá. O cara foi. E a primeira coisa que a mãe dele disse foi “veio sem que eu tivesse que pedir”. Sei. E o cara ficou lá, cheio de carinho, super prestativo... E quem já tem tendência para Conto de Fadas, entra na história de cabeça, lógico.


Ela tirou uma foto com ele e veio me mostrar, perguntando o que eu achava. E eu disse que ela estava com uma cara de babaca apaixonada. Tá, eu sei. Eu não sou muito sutil com essas coisas... O caso é que ela queria que eu falasse que ele também estava com cara de apaixonado. Mas não, ele não estava. Só que tem gente que entra na neura de que vamos ser felizes para sempre que não aceitam outra interpretação – por mais lógica que ela possa ser.


Só que já faz, sei lá, uma eternidade que o carinha mandou o “não me procura, que eu te procuro” e eles se encontraram diversas vezes e nada da conversa e pingos nos Is serem colocados... E a minha amiga faz o tipo que o povo gosta e ‘tá saradinha, queimadinha e apareceu gente nova no pedaço... E ela ainda tinha dúvidas se devia ou não se entregar as investidas... Cara, rei morto, rei posto. Ainda mais quando o rei em questão se faz de morto.


Bem.

Acredita que ela foi lá, perguntar ao ogro o que acontecia com eles? E claro que o FDP mandou um “pensei que já tinha percebido que a gente terminou”. Pois é. Assim. O cara fica ciscando por perto, perguntando por ela, conversando no MSN... Desculpa, ‘tá legal, se ela não percebeu que isso significava que ele não queria mais nada no campo afetivo.


Eu poderia resumir tudo e fechar as considerações com um “Os homens são todos uns filhosdaputa”, mas acho que seria deveras clichê. Porque acredito que toda ação gera uma reação, que ninguém é inocente em nenhuma história e que sempre há várias interpretações da verdade. Tem gente que acha que é divertido ficar atrás do cara, tem gente que acha que é divertido usar um anel de compromisso, dizer que é noiva - ou sei lá como se diz quem usa aliança de compromisso – fingindo que não liga pra isso, que não quer casar. Aí, realmente, dá um nó aqui no cérebro. Não entendo mais nada.


Mas é simples assim mesmo? Digo, colocar a culpa em terceiros? Será que realmente há esse desespero para casar? Mas, me diz, por quê? Pra lavar, passar, cozinhar e pagar contas? Cara, se você quer fazer isso, porque não aluga um apartamento para si, lava, passa e cozinha só para si mesmo? Porque tem que ter essa coisa de ter-que-casar, ter que ter alguém e se está sozinha é um fracasso como mulher?


Eu não digo que se transforme em um ser assexuado ou que levante uma bandeira anti-relacionamentos longos. Ou que não queria casar de véu e grinalda. Mas acho que o desespero é algo que estraga tudo, que mata tudo.


Ah, sim.

E que depois dos 15 anos anel de compromisso é ridículo. E que noivado sem data de casamento marcado é enrolação. Desculpa, mas é sim. Acredito muito mais em casais que namoram séculos, sem aquela de ir e de vir, casando quando ninguém mais achava que isso seria possível do que em noivados sem data de casamento marcada.


Ah, mas antes que passem a ter uma idéia errada, eu não tenho absolutamente nada contra casamentos, acho isso lindo, maravilhoso e eu adoro docinhos de casamento. E adoro comprar coisinhas de presente de casamento. Podem me convidar, viu? Não vou ficar agourando não. Só se eu souber que a garota ta casando porque ‘tá grávida. Gente, golpe da barriga em pleno século XXI não dá mesmo, deusdocéu....

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