quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

SOBRE CREPÚSCULO.

Então, eu tenho essa mania irritante de agarrar um livro e não largar até terminar - a única exceção até hoje foi "O Mundo de Sofia" que é chato pra caralho - e eu tentei duas vezes, mesmo sendo chato, porque eu sou brasileira e não desisto nunca. Mas não deu.

E essa semana a bola da vez foi o livro Crépusculo, que, assumo, já havia sido olhado com certo desdém pela a minha pessoa - considere que eu cresci lendo Anne Rice (e devo ter uma certa queda pelo Lestat até hoje...), que tenho dicionários sobre vampiros e é difícil algo novo por aí.

Tá, ok. Não é realmente nenhuma obra primorosa, há alguns detalhes que eu não concordo, uns outros tantos que tenho que me esforçar para aceitar - como a relação relâmpago entre os dois personagens. Me esforço pra aceitar porque tem aquela coisa de encontrar uma parceira, dela ser a alma gêmea dele - ooops! Ato falho, acho que vampiros não têm alma. Que o seja. Esse mérito não foi discutido.

O caso é que o livro é bem lento em alguns momentos, um tanto rápido nos outros, o texto é meio confuso - mas eu acho, digo "acho" porque não pesquisei sobre isso, que é pra ser confuso mesmo. Tem horas que a gente se perde no diálogo. As descrições são meio fracas por vezes. Não sempre. Quando se fala do Edward não há como não se apaixonar. E aí está o grande trunfo da autora. Stephenie cria um homem tão perfeito, tão lindo, tão romântico, abusa tanto dos "Eu te amo" que tudo que é mulher (visto a falta de homens lindos, românticos e que dizem "Eu te amo" com tamanha sinceridade) se apaixona.

A missão dele é salvar a mocinha e ele sempre está lá para isso. E está sempre dizendo "o quanto te esperei", "você é a razão da minha vida". E ainda tenho que fazer um adendo porque depois de dizer o “Eu te amo”, “O quanto te esperei”, “Você é a razão da minha vida”, o cara não larga a namorada pra ir jogar bola, beber com as amigas, os ir atrás de um rabo de saia... Me diga, Zuzu, qual é a mulher que resiste?
Bem, no final eu não aguentava mais ler "Eu te amo" no livro, porque nem teve tempo, sei lá, da garota ser a reencarnação de alguém que o cara amou antes. Muito rápido tudo. Ok. É um livro. E talvez ela não pensasse que fosse ter tanto sucesso. As coisas não foram pensadas para serem lidas no mundo inteiro - só quero ver como ela vai descrever o Rio de Janeiro... Oooops... Desculpa, já estou adiantando o 4º livro. Sim, eu já o tenho. Catei na Internet.

Então, todo mundo falando que o filme era muito pior. E eu fui ver o filme, para ver quão pior ele podia ser. Não é pior não. É diferente. Mas alguns diálogos bem mulherzinha estavam lá. Como quando o mocinho diz que o “E então o leão se apaixona pelo cordeiro”. Tão fofo, né mesmo?

Uma coisa legal do filme é que é todo mundo pálido, quase azul. Até quem não é vampiro, parece vampiro. Tive que perguntar pra uma amiga que tinha visto o filme no cinema se era isso mesmo. Porém esperava algumas coisas do filme: que a Rosalie fosse mais bonita. Na verdade, bem mais bonita, pela forma que a autora a descreve, a atriz deixou muito a desejar. Que a Esme não fosse a Eva do Grey’s Anatomy – porque eu fiquei imaginando porque o Mc Dreamy não podia estar no filme... Seria perfeito! Que eu realmente conseguisse ver o Edward brilhando no filme – mas isso pode ser culpa da minha cópia piratona, sei lá.

Resumindo: é um bom divertimento. Sobretudo para as mulheres contemporâneas que sonham com príncipes encantados modernos... =)

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