quarta-feira, 24 de junho de 2009

Das coisas que assustam

Daí que dia desses passei por um grupo de pré-adolescentes e escutei a seguinte fala vinda de uma menina de seus 10 anos:

- Porque é mó piranha! Já deu pra todo mundo! O cú, a buceta e tudo...

E sim. houve parte piores. E dito assim, a luz do dia, no meio de uma pracinha, sentada com um grupo num balanço. Escola pública, perto de favela. Entendo tudo isso. Mas não aceito. Como crianças pensam nisso? Como crianças verbalizam isso? E, enquanto isso, aparecem programas e psicólogos tentando ensinar como se educa um filho, como os professores devem se portar em sala de aula, e coisas do gênero. E tudo vale para a classe média e a classe alta. E, a classe baixa, tá lá achando que funk é cultura, que erotização infantil não é nada demais e que a Regina Casé é um tipo de deusa, sei lá o quê.

Bem, e eu fiquei pensando que o problema é a pobreza e a falta de cultura e pensei assim até chegar a noite e ir jantar num restaurante de classe média/alta e escutar uma garota, de uns 25/30 anos, apresentar um rapaz a uma senhora de seus 45/50 anos:

- Fulana, esse é o meu peguete!

PÁRA TUDO. Peguete? Peguete? Peguete que paga boquete? Sei lá. Não sei. Desde quando se apresenta peguete assim, no meio de um restaurante para sei lá quem? Será que é isso que é ser "bem resolvida" e eu realmente não entendi?

Pior do que isso é alguém se auto-intitular pirigueti! E dizer isso com um certo orgulho até. E depois não entendem como é que os cafajestes mantêm seu eleitorado...

Nenhum comentário:

Postar um comentário