quinta-feira, 19 de novembro de 2009

E a Enxaqueca vai pra academia...

Daí que alguém teve a brilhante ideia de me mandar de volta pra academia. Eu relutei, óbvio, como boa amante do ócio que sou. Porque academia significa menos horas de sono - porque eu não posso simplesmente largas trabalhos para ir pra lá.

Há mais de um ano eu fui numa academia que tem no meio do meu caminho. Mais de um ano? Sejamos francos, quase dois. E durante dois anos eu guardei o papel da academia aqui do meu lado, no meu quadro de avisos. Quando me animei pra ir, era quase época da cirurgia e é claro que essa foi a minha desculpa. Teria que parar, né mesmo? Então pra que começar?

E veio a cirurgia. E daí três meses de molho - e eu nem fiquei triste, de verdade. O que me deixou em pânico foi quando chegando o final dos três meses e a data pro médico me liberar, vou na consulta e ele me diz que a dor que sentia era uma hérnia. O que significa ter uma hérnia, Zuzu? Significa que eu entraria na faca de novo, meteriam uma tela na minha pança e eu ficaria de molho mais três meses.

E eu chorei como criança.
Saí do consultório do médico, já com o pedido da ultrassonografia, chorando igualzinho a criança que perdeu o presente favorito. De repente, eu sentia uma vontade louca de ir pra academia. A preguiça se foi igual a passe de mágica. Eu não poderia ter uma hérnia! Eu queria era um atestado médico pra me matar de malhar!

Cheguei num estado tal na clínica pra fazer o exame que sentiram pena de mim e deixaram que eu fizesse o exame sem estar marcada. Pena uma vírgula. Esperei por quase 3 horas....

E assim que o médico meteu aquela coisa gelada na minha barriga eu já comecei a perguntar: "é uma hérnia?". Perguntei umas dez vezes até ele me mandar ficar quieta.

Depois de umas caras e bocas ele disse que não, eu não tinha hérnia. Felicidade total! Saí dando pulinhos pela rua. Como uma criança que acaba de ganhar o melhor presente de natal do mundo.

O que eu tinha, afinal de contas? Sei lá. Pelo o que entendi é uma bolinha de gordura. Está aqui, eu a sinto. Dói por vezes, mas não mata. Acho que é a gordura que não quer sair de mim, entende?

O importante é que no dia seguinte estava no médico pra pegar o meu atestado pra ir pra academia. E eu não fui pra academia do bairro. Eu tinha que ir para A Academia. Sofrer numa grande rede, é óbvio. Se é pra morrer, a gente morre direito (financeira e corporalmente, diga-se de passagem).

Como - mesmo que eu não queira, não aceite e não me porte como tal -, ainda sou recém operada, comecei com algo leve: esportes na água. Natação e hidroginásticas com as velhinhas.

Pois é.

Primeira aula de hidro e eu quase pedi arrego. Mas fiquei com vergonha da velhinha de 90 anos com a elasticidade do Diego Hipólito e me matei nos exercícios. No dia seguinte mal saía da cama.

Alguém me diz: quando os objetos de tortura passaram a fazer parte da hidroginástica? Aqueles pesinhos de borracha EVA que nos parecem inofensivos e dentro d'água pesam 100 quilos? E aquela luva, que faz com que a pareça que a gente tem patas de pato no lugar da mão? E "puxa a água", e "cava a água", e "abraça a água". E quase uma relação sexual com a água.

Daí que a professora manda que a gente faça um círculo e fique dando voltas na piscina... Cavando, puxando, sei lá... E, de repente, manda parar e ir pro outro lado. Putz... Terrível. Como algumas velhinhas conseguem fazer um maremoto dentro de  uma piscina? Eu sempre quase caio. Na verdade, eu caio, mas dentro d'água é tudo meio relativo.

Aí você me pergunta, Zuzu: "mas não tem nada de bom?"

Claro que tem!!!

Menos 3 quilos por semana. Já estava com saudades disso... Porque depois de 4 meses as coisas já estavam ficando meio lentas...


PRÓXIMO POST: O dia que me afoguei na aula de natação.

Divertido... ¬¬

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