terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Aptidão social (?)

Eu sou uma pessoa divertida. Sei conversar. Conheço o mundo que me cerca. Consigo falar sobre qualquer coisa - quando não domino o tema, passo a ser repórter e meu interlocutor se sente o máximo, porque o olho como se fosse a pessoa mais inteligente do mundo e fico super interessada em suas explicações. 

Não sou monotemática. Odeio pessoas que só falam sobre um assunto. E, cara, o que tem de gente que não sabe falar mais do que si mesmo, seus problemas, sua vida, suas opiniões.... Nossa... 

Tento não me mostrar superior, sobretudo quando tenho razão - e eu sempre tenho razão, lógico. hehe.

O problema, ah o problema... 
É que eu sei ser isso tudo que disse aí em cima. Mas, né, o mundo me cansa... E eu não quero ser assim na maior parte do tempo.

Sério.
A humanidade me cansa. 

E daí você diz: "Mas, putz, você é professora, garota maluca! Você tem que ser tudo isso aí de cima o tempo todo!"

Pois é.
Por salário eu consigo ser quase que o tempo todo. Mas quem me conhece já ri, porque sabe o esforço que tô fazendo para não mandar alguns irem praquele lugar.

E daí eu vejo as mulheres da minha família. 
São super sociáveis.
São super festeiras.
São super faladoras - sobretudo pelo telefone.

Enquanto eu, a ovelha negra da família... 
Odeio ter que me relacionar com pessoas.
Detesto festas.
Não suporto bater-papo pelo telefone.

Então, acho que me falta essa habilidade, essa coisa de querer jogar conversa fora simplesmente pelo prazer do ato. De ir para uma festa e não ficar pensando antes de chegar "putz, que saco, vou ter quer rir pros outros por mais de 3 horas" {quando eu fico mais de 3 horas...}

Entendam, não é que eu não queira ninguém perto de mim, não é que eu tenha aversão a pessoas. Não, eu não sou tão Sheldon assim... Mas certas convenções sociais são absurdamente dispensáveis ao meu ver.

Dar beijinho em todo mundo quando chega.
Ter de se despedir de todo mundo quando se vai. 
Oferecer algo que está comendo por educação.

Cara.
Odeio que me toquem, odeio ter que beijar todo mundo. Como explicar isso para um bando de beijoqueiros que já chegam falando "cadê meu beijo?". No cu da velha é onde está teu beijo! Sai pra lá com esse bafo!

E ter que oferecer por educação?
Não, eu não ofereço. É meu. Quer também? Vai comprar! 

Mas isso não significa que eu não ofereço as coisas. Também não é assim. Então, se um dia eu te oferecer algo, pode aceitar porque é de coração e não por educação. 

E aí está o cerne da questão - só faço as coisas quando é de coração. 
Se você me chamou pra sua festa e eu fui, saiba que fui de coração e não forçada por alguma convenção.

Se eu cheguei e te dei mais que um beijo, te dei um abraço, é porque eu quis e não foi simplesmente para fazer fita pra quem está em volta e assim parecer A Simpática para a sociedade .

E se um dia eu te falar "vou comemorar meu aniversário em tal lugar e quero que você vá" é porque eu fiquei com vontade de fazê-lo, não estou fazendo para fingir que sou feliz, que tenho amigos e preciso mostrar pra todo mundo no FB que sou amada.

Não, eu não acho que todo mundo faz isso simplesmente para fingir o que não é. Não, esse não é ponto nem o motivo desse post gigante.

O que eu queria era que as pessoas aceitassem que eu sou diferente, que eu não gosto de muvuca, que eu não preciso ter 10 amigos a minha volta, que eu não preciso de festas, visitas e noitadas para ficar bem. Eu não sou assim. Simplesmente, não sou assim. 

Como faz para que as pessoas me respeitem, me deixem quieta no meu canto e não queiram forçar goela a baixo Convenções Sociais que me irritam ao extremo?

Alguém conseguiria me dar uma fórmula mágica?

3 comentários:

  1. Você resumiu o que tenho sentido bastante de uns tempos pra cá!

    "certas convenções sociais são absurdamente dispensáveis ao meu ver.

    Dar beijinho em todo mundo quando chega.
    Ter de se despedir de todo mundo quando se vai.
    Oferecer algo que está comendo por educação."

    Coisas do tipo também têm me irritado pra caramba. Queria eu que meu marido entendesse melhor esse sentimento.

    Adorei o seu blog!

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  2. hahaha ai, Enxaqueca! Se você souber essa fórmula você me passa? Tava aqui matutando uma forma de NÃO IR pro Natal... mas arrumar uma desculpa nessa época é complicado. É um porre mesmo, viu? Eu sou que nem você... gosto das pessoas, mas não o tempo todo.

    Enfim, Feliz Natal pra você! Que a gente tenha muita paciência! Beijos Silvia

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  3. Se te passarem essa formula, magica, encarecidamemte divida ela, pq vou te dizer tem horas q até a educação eu perco, odeio sorriso falso, tampinha nas costas, de quem eu gosto eu gosto mesmo, já o resto q vá pra pqp, odeio falsidade e ñ mostro os dentes pra todo mundo de maneira nenhuma, tem horas q eu queria estar numa ilha deserta, sozinho, pq o raça pra testar minha paciência é o tal do ser humano. Como vc falou, ter de aturar monotematicos, ignorantes, desanimados argh, ñ da e de uns tempos pra cá to meio q me isolando, como o ditado velho e batido diz antes só q mal acompanhado, abraço.

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