quinta-feira, 24 de maio de 2007

Onde é que eu estava mesmo?

Ah, sim, Zuzu...
Contar sobre as coisas loucas que penso no caminho de casa (é que eu vejo muitas coisas loucas... então, não poderia dar boa coisa).

Passo por duas lojinhas de bairros.
Daquelas que vendem tudo, sabe? Pra casa, pra presentes e conseqüentemente, roupas femininas. Acho que eles se baseiam no fato de que toda mulher sempre quer um vestido novo. Mesmo que precise comprar esponja pra cozinha. E se acha os dois no mesmo lugar... Claro que vai comprar o vestido também, ora bolas!

Enfim...

Uma das lojinhas é de um bom gosto incrível. Não dá pra imaginar que tal loja esteja onde está. Tudo comprado lá na Teresa e meio que com os preços inflacionados... Mas com bom gosto! E vitrine muito bem arrumada...

Logo a frente há outra loja.
Não tem vitrine.
As roupas estão meio que "jogadas" em cima dos manequins.
E são feias de se ver (não toquei pra falar da qualidade).
Tipo, quem abriu aquela loja pensou "vamos vender qualquer coisa que vai sair".

O que me chama a atenção é que as duas lojas, tão parecidas, possam ter se encaminhado para lados tão opostos. As duas são lojinhas de bairro, mas a primeira foi pensada com esmero, o dono pensou "grande". Investiu, pesquisou, viu o que era "moda". Aquela coisa de "visão de futuro", sabe? Querer crescer, querer ser mais...

Enquanto a 2ª lojinha...

Não tem pretensões de crescer. É aquele pensamento "para quem é, tá bom e basta". E ficar naquele marasmo de Macondo em tempo de seca não é um problema para quem está lá... Porque se pode colocar a culpa no governo, na falta de dinheiro, na violência... Dizer que a culpa é de tudo e de todos e nunca querer olhar realmente para o problema: medo de investir, de se lançar ao desconhecido e crescer. Um movimento tão fácil, feito com tamanha maestria pela primeira loja e que faz com que a segunda seja, simplesmente, medíocre... Porque é o que se espera dela e ponto.

A pergunta, Zuzu, é quantas pessoas tem medo de crescer as suas lojinhas nesse mundo de meu deus?

Porque sempre, sempre é mais fácil culpar terceiros... E se fechar no ostracismo.

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