sexta-feira, 11 de abril de 2008

Por partes

PARTE 1
Eu não sou chocólatra.
É sério.
Na verdade, posso passar séculos sem pensar em chocolate, esquecer que tenho chocolate em casa ao ponto dele mofar.
Até dar a primeira mordida num Serenata de Amor.
Aí fudeu tudo, é ladeira abaixo.
E tenta comer tomando champagne.
Fudeu tudo ao cubo.
=S
PARTE 2
E estava eu parada no sinal que estava eternamente vermelho, com a janela aberta, de óculos escuros com meu ar blasé, quando a janela do carro ao lado se abre e aparece um gurizinho de seus 5 anos todo sorridente.
Sou antipática e não gosto de criança, mas o moleque era daqueles fofos, sabe?
Ele coloca uma máscara preta, pintada de branco e nariguda, sorri pra mim e diz:
- Oi! Eu sou o mosquito da dengue.
Gente... Que coisa mais fofa!!! Daquelas de ganhar o dia!
Aí, a mãe dele me diz que ele pediu para que ela abrisse a janela pra ele falar comigo!!!
E todo sorridente ele me pergunta o meu nome e me diz o dele... E que tem que tomar cuidado com a dengue...
Depois, me manda um beijo e diz tchau.
Gente!
Depois me arrependi de não ter tirado uma foto para que vocês vissem aquela carinha mais fofa... E isso dito por alguém que detesta crianças... Sim, eu as odeio. Deveriam sair de casa só depois do 18. Em alguns casos, nunca deveriam sair de casa, porque nunca crescem. Mas toda a regra tem exceção... E o Gabriel (nome do mosquito simpático) é uma delas.
Mas sabe, eu atraio crianças. As remelentas sempre vêm pra cima de mim. Onde quer que eu esteja, com a cara mais antipática que tenha para vestir no momento... Não é à toa que meus alunos me chamam de "tia" ... Eu devo ter espírito de professora Helena e não sei. Eu deveria largar tudo e me candidatar a uma nova Xuxa. Ela batia nas crianças, já gostei do papel...
PARTE 3
Eu não sei se já postei essa música aqui, mas ela é a cara da minha vida, por assim dizer... rsrs... É do Leoni e está mesclada com "Alice, não me escreva aquela carta de amor" no CD ao vivo dele...

Todo mundo sabe de alguma coisa
Que eu não sei
De um filme que eu não vi
De uma aula que eu faltei
Por mais que eu tente
Eu nunca chego no horário
Eu perco tudo o que eu ponho no armário
Tudo atrapalha o que eu faço
Mas pros outros parece tão fácil

A fila que eu escolho
Vai sempre andar mais devagar
E o troco acaba bem na hora em que eu vou pagar
Se eu me distraio um único instante
Pode apostar que eu perco o mais importante
Tudo atrapalha o que eu faço
Mas pros outros parece tão fácil

Os vizinhos devem rir por trás do jornal
E eu desconfio de um complô
O maior que já se armou
Uma conspiração internacional

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