terça-feira, 3 de agosto de 2010

Daí que eu contei...

... que fui pra Minas?

Pois é, eu fui. 
E descobri que subúrbio carioca é algo que existe em todo canto. Então, deixa eu contar.

Estava lá eu, sentadinha com Namorado esperando o resto do pessoal, na porta de um restaurante chiquê de Ouro Preto.

E eis que me chega uma mulher puxando um molequinho de seus 8 anos pelo braço e vai falar lá com a recepcionista do restaurante:

- A Creidi Lucia* trabalha aqui?
- Trabalha sim.
- É aquela que tá lá fumando?
- É sim.
- Então, avisa pra essa aí que o Cleyton Severino* é meu marido e eu já sei de tudo.

Olha, eu arregalei os olhos e não acreditei que havia escutado isso, ainda mais porque Namorado não escutou nada.

Mas daí que a Creidi Lucia voltou pro restaurante. E já não havia só a mulher que tinha recebido o recado, mas também a cozinheira do restaurante que havia se materializado na porta - porque sabe como é um bom barraco, né? As pessoas aparecem do nada e sempre tem alguém pra colocar mais lenha na fogueira... 

- Ô Creidi, aquelazinha lá - e aponta pra mulher com o pirralho mais acima na rua - Veio aqui pra avisar que já sabe de tudo entre você o Cleyton Severino.

E pronto!
Foi dada a largada.

Creidi Lucia foi lá atrás da Mulherzinha. Chega no alto da rua (porque toda rua de Ouro Preto termina no alto), mete o dedo na cara da outra e vai dizendo:

- O Cleyton Severino é seu marido, é?
- É sim, ele é meu marido! Ele tem família e é bom parar com essa sem-vergonhice!
- Pois eu não vou parar naaaaadaaaaaa! Eu não tenho compromisso com ninguém, sou solteira e não vou parar naaaadaaaaa!
- Você é quem sabe!
- E eu já falei com meu adEvogado! Eu vou te processar! 
- Me processar?
- Você tá me caluniando! Me difamando no meu trabalho!
- Eu só vim te avisar que o Cleyton é meu marido e você é uma biscateira... 

Bem.
O negócio ficou nesse pé. Apareceu um garçom do restaurante pra apartar a briga. Namorado disse que era o Cleyton Severino. Acho que não, porque a suposta esposa teria dado uns cascudos muito bem dados nele. E, sem contar que se aquele fosse o Cleyton Severino, as mulheres estariam se degladiando por muito pouco, deusdocéu. Com certeza em Minas deve ter algo que preste (muito) mais do que aquele senhorzinho.

O caso é que a cidade parou.
Estou até com vontade de voltar lá só pra saber se a Creidi realmente processou a esposa do Cleyton Severino. 

Eu não digo que as pessoas não tem Noção do ridículo que realmente passam, Zuzu? Então, tá aí o exemplo. O ser me carrega o filho pra porta de um restaurante pra bater boca com uma auxiliar de cozinha por causa de um homem que não deve valer o prato que come... 

Pois é, pois é... 

Mas que briga de mulher é um acontecimento absurdamente divertido, ah isso é... Pena que elas não saíram se estapeando e puxando cabelo... Eu já estava com a câmera posicionada para fazer o filme pro Youtube!

(*) Nomes trocados pra evitar um processo por parte da Creidi Lúcia porque eu não me lembro dos nomes de verdade... hahaha

2 comentários:

  1. Ontem eu ouvi uma frase muito sábia: tem gente que nasceu para nos divertir.

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  2. Ah, nããão... Eu vivo indo a Ouro Preto e nunca, nunquinhas, jamais presenciei uma cena fantástica como essa! Quem sabe então se eu for pro subúrbio do Rio eu consigo? A-do-rei a história.
    Mas barraco tem em todo canto mesmo, né, cê num viu até no ciberespaço aquelas duas de Sorocaba? Vergonha alheia, né, mas ainda bem que tem gente nesse mundo totalmente desprovida de superego!!! :D
    bjk, guapa!

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