sexta-feira, 11 de novembro de 2011

{daqueles dias}

{o texto não foi relido porque se o fizesse, começaria a chorar e nunca que pararia. Então, releve qualquer problema de concordância, ortografia e afins, viu?}

Inferno Astral.
Sim, isso existe.
Porque, né, aniversário é sempre um final de um ciclo. E finais sempre são fortes - para o bem e para o mal.

Mas as coisas continuam e aniversários são também recomeços. E recomeços não são fáceis.

E no meio desse Inferno Astral minha irmã resolve casar.

Pois é.
Eu nunca quis casar.
Nunca mesmo.
Acho desperdício de tempo, paciência e dinheiro.

Ok, é seu sonho, Zuzu? 
Então, respeito o seu sonho, como respeito todos os sonhos.
Porém isso não significa que eu tenha que concordar e achar que casamento é a coisa mais importante na vida de uma mulher. Minha mãe não aceita que eu diga que o dia mais importante da minha vida será quando eu passarei para um Órgão Federal que não tenha nada a ver com Educação e eu possa tirar férias em março ou agosto - daí todo ano estaria logo ali na Europa...

Bem, mas voltemos.

Minha irmã vai casar e vai sair de casa. Tipo, tudo novo. Lá e cá. Porque né, agora volto a ser a única filha dentro de casa, mãe carente me enchendo o saco, querendo me paparicar, querendo conversar... E, gente, é a minha mãe, eu sei, mas por mais que eu ame a minha mãe, não sou o tipo de pessoa que quer falar quando chega em casa depois de um dia de trabalho com mais de 12 horas. Não, eu não quero que você me pergunte "como foi o seu dia?" e não, eu não quero mesmo saber o que foi que a vizinha do 403 falou sobre o vizinho do 401. O que eu quero é silêncio e dormir. E só. Mas não é fácil falar isso para minha mãe. Quero dizer, falar é fácil, fazê-la entender, isso sim, é impossível.


Então.
Daí que hoje - 48 horas antes do casório em questão - fiquei pensando que... porra! Eu ainda lembro da minha irmã toda ensebada saindo da sala de parto... Ela não pode estar casando! Porque, caralho, se eu lembro dela, se eu já tinha discernimento, significa que eu tô velha!

Temos 7 anos de diferença. Quando eu devia brincar de bonecas ganhei uma irmã e ela virou a minha boneca. Quando ela era pequena adorava maquiá-la só pra tirar fotos dela. Acho que vem daí a paixão dela por fotos. Paixão que hoje ela transformou isso em ganha pão

Mas isso já foi um precipício sem fim.  Tanto que quando eu tinha 17 anos e ela, 10, nos divorciamos e eu vim para a Torre Norte. Porque não temos o mesmo horário biológico - sou alguém que dorme cedo e acorda cedo e a Mana passa a noite acordada pra trabalhar ou qualquer outra coisa e dorme até à 1h da tarde sem problemas.


Daí que hoje não se tem nem tanta diferença de "mundos", por assim dizer. Tem gente que acha que nos levamos muito bem, visto que o "normal" seria que irmãs competissem, se odiassem ou sei lá o quê. Acho que as pessoas veem muito Rute e Raquel e ficam com isso na cabeça. 

Então, por mais que eu pense "ai, que palhaçada" sobre todo esse clima porque a Mana tá saindo de casa pra ir pra casa dela, sei que vai ser barra chegar em casa e não vê-la ad eternum trabalhando no pc, nem escutar quando ela estiver no telefone ou então largada no sofá da sala, falando com meu pai sobre o dia... 

É, vai ser foda. 
Vamos resumir assim.
Porque a Baixinha tá indo pra vida dela, pro sonho dela.

E que ela seja muito feliz!


4 comentários:

  1. foi assim msm q eu me senti qndo q minha saiu d casa. quis Deus q ela voltasse, mas sei q talvez um dia chegue a minha vez, e vai ser barra...
    enfim, precisando, sabe onde procurar! amo vc...

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  2. Essa foi a minha última postagem no twitter hoje http://twitter.com/#!/Luzdeluma/status/135495994979790848
    Ser caçula é muito ruim porque tem um monte de gente mandando e quando saímos de casa, tudo fica muito melhor!
    Acho que você está sofrendo a "Síndrome do ninho vazio". A sua mãe te explica isso!! As mães sempre querem manter o vínculo com os filhos e as vezes idiotizam a relação. A minha mãe me diza que eu só compreenderia ela, quando saísse de casa. Eu saí e hoje sofro uma ausência, um chamado que diz: Por que não fui mais compreensiva com ela? As mães são muito solitárias e morrem.
    Bom feriado! Beijus,

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  3. Ai, ti lindo...

    mas, uma perguntinha: vc tb nao casou? rs

    bjs

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  4. Ah eu nem sei como é isto.
    Casei primeiro.
    Se soubesse, acho que teria o que te dizer. No mais, ofereço meu ouvido. Treinado para ouvir pacientemente. Sem emitir opinião.
    Ou não...

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