quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Porque nunca mais indico ninguém para trabalho algum


Cara... esse post é longo, muito longo se eu fosse entrar em todos os detalhes. Então, vou resumi-lo ao máximo que der, ok?

Quando eu comecei a trabalhar fui logo pro suprassumo da coisa: aulas em empresa. Os professores acham isso “o máximo” mas é um saco. Porque você ainda trabalha pra um curso e é esse curso que ganha dinheiro. Você continua sendo burro de carga. Enfim, mas era o que se tinha para o momento.

Esse cenário é de uns 10 anos atrás, certo?
Então, nesse curso eu conheci a pessoa sobre a qual vou relatar. E simplesmente a chamarei assim, de PESSOA.

Eu e Pessoa nunca concordamos em muitas coisas mas o mundo é feito disso, de diferenças, então, vida que segue.

Porém, sempre a achei por deveras reacionária em certas ideias e, o que é pior, visão curta: tipo, o que eu penso é o certo e nada mais importa. Mas, né, essa era a minha visão e de outras pessoas. Sei lá até que ponto as coisas eram assim mesmo.

Pessoa tem um blog. Na época eu lia. Escreve bem. Se coloca bem. Estudou numa boa faculdade, gostava do trabalho. Essas coisas. Pelo blog, era normal, com vida social e bom discernimento das ideias.

O caso é que no ano passado estávamos conversando via MSN e ela me contou que tava na merda. Na merda mesmo. A mãe tinha falecido há algum tempo, ela estava sem emprego fixo, tendo de manter casa, cachorro, periquito e papagaio (porque Pessoa é dessas que prefere estar cercada de bichos. OK. Respeito. Melhor cuidar de bichos do que espancá-los até a morte. Mas lembrem-se, crianças, tudo que é demais é castigo).

A gente conversou muito pela net e eu pensei que Pessoa havia posto os pés no chão, encarado a realidade e entendido que certas teorias que estão no livro são isso – teorias. E na prática, a coisa é bem diferente.

Daí que eu trabalho num colégio particular bem light – diferente do que a gente vê por aí normalmente – com turmas pequenas e alunos, em sua grande maioria, calmos e educados. E eles iam precisar de professor meio que urgente. Lógico que eu falei que conhecia alguém e mandei o currículo de Pessoa.

E foi o princípio do fim.

Porque, né, como é que eu iria saber que o ser em questão era absurdamente surtado e não tinha noção de convivência mínima com o mundo?!

Uma coisa são ideias reacionárias, pensar que vamos mudar o mundo ao ensinarmos e que todos tem afã de aprender... Outra coisa é entrar em sala descontrolada, achando-se mais um adolescente, sentando na mesa, chamando os alunos de pestes e tacando estojo/apagador/e o que mais tiver pela frente em cima de alunos. Ah, sim. Depois ela dizia que “não era pra acertar”. Mas... oi?

Então, como eu teoricamente, era “amiga” do Demônio da Tasmânia, a coordenadora pediu que eu conversasse com ela. Sobre tudo. Desde a vestimenta ao comportamento. E eu fiz, claro, Pessoa precisando de emprego e em menos de um mês faz todas as merdas possíveis e as inimagináveis também???

E aí Pessoa ficou com cara de cu pra mim e só repetia que “ah, não foi nada”, “ah, a direção já resolveu”, “ah, não tem mais nenhum problema”. Só que no final do ano, a carta de demissão dela estava pronta, claro. Só faltava ser assinada e entregue. Porque foi uma loucura o quanto se teve de reclamação de pais e alunos no período de 2 bimestres. Surreal. Um novo recorde, quase. Conversei com a coordenadora, pedi que ela intercedesse que ela ia aprender, que ela ia melhorar... blá-blá-blá... A coordenadora intercedeu, porque gostava dela e ela ficou.

E veio esse ano. E, cara, a Pessoa não aprendeu. E ainda tinha o péssimo hábito de faltar por qualquer coisa – dor de cabeça, cólica, dor de garganta, falta de sexo, TPM – tudo era motivo.  E daí começou a chegar atrasada. 20 minutos, 10 minutos... Ou então, chegava no horário na portaria e ia pro refeitório pegar café... E se atrasava pra entrar em sala.

Até os inspetores começaram a sacanear: ela não chegava na hora? Dispensavam os alunos e trancavam a sala. E ela tinha que encarar a coordenação. E mais uma vez a coordenadora pediu que eu conversasse com ela...

E o que aconteceu? No blog dela, O POLITICAMENTE CORRETO, ela me escrachou. Algo do tipo “você só quer me fuder”. E eu só pensei “como se você precisasse de ajuda pra isso, né não?”. Depois disso não falei mais nada. Nem uma palavra, nem um conselho. Mandei um “Se fode aí” mental e nem a voz dela queria escutar porque me irritava. Na época pensei realmente que eu era a problemática e considerei sair.

Só que daí eu me lembrei de quando ela começou a dançar durante o Hino Nacional (porque estava num ritmo diferente, de samba) enquanto o Diretor dava esporro nos alunos por causa da bagunça e olhou pra ela com cara de “Que porra é essa?” e ela não se tocou nem um pouco da merda que estava fazendo e me dei conta que não, a desequilibrada e não adequada não era eu.

E as merdas dela continuavam. Pessoa era um trem sem freio na sua teimosia, ignorância e altivez – porque sim, ela achava que não havia ninguém melhor do que ela e que já havia aprendido a missa de cor e salteado.

Os atrasos continuavam frequentes, os embates com os alunos, também. E daí, mais uma vez, a coordenadora veio pedir que eu falasse com ela. E eu disse que não, que não o faria. E contei o que havia acontecido, que ela achava que eu falava as coisas de maldade, que eu só era negativista... e sabe o que a coordenadora me disse?? Que sim, que Pessoa já havia ido reclamar de mim! Presta bastante atenção: o ser que só faz merda, o ser que eu levei pra porra do colégio, vai lá na coordenação fazer queixa de mim.

Filha da puta, desgraçada, segundo “se fode aí” que leva da minha pessoa.

Mas... pode não parecer, mas eu tenho bom coração. Sou um anjo. Porque no 2º semestre eu queria diminuir a minha carga horária... E mandei um mail pra coordenação e disse “passa as minhas turmas pra Pessoa”.

Só que olha a surpresa no 2º semestre: a coordenadora que protegia o Demônio da Tâsmania pediu pra sair do colégio. A reunião de volta foi ela se despedindo. Daí que como eu não fazia mais o papel de garoto de recado, a coordenadora pediu que outro professor avisasse a Pessoa pra tomar cuidado com os seus passos.

Pessoa não durou 1 semana depois disso. Na 6ª feira seguinte foi demitida. E ela, ser esperto, inteligente, resolvido e culto foi falar com quem? Não, não comigo. Nem estava mais lá quando o fato aconteceu. Com os alunos, claro. Pois é! A pessoa vai chorar as mágoas com os alunos. Porra, leva na cara, na cabeça, toma rasteira e não aprende! Os mesmo que a fuderam é com quem ela vai se lamentar...

E o que eles fiezeram? Meteram logo no Facebook. Foi assim que eu fiquei sabendo. Realmente tomei um susto. Porque ninguém é demitido em agosto. Primeiro, porque é lei. O colégio tem que pagar uma puta multa se fizer isso (e eu nem sei se pessoa sabia que tinha direito a essa multa...). E segundo porque ela foi demitida sem ninguém pra colocar no lugar. Ligaram o foda-se pra essa parte porque ninguém mais aguentava a loucura da mulher no colégio.

O caso é que eu vi no FB e fui falar com o ser no MSN. Daí que me vem e diz “ah, você já sabe”. E eu expliquei que haviam colocado no FB.

E ela foi lá ver. Ok. Entendo que mulher é bicho curioso. Entendo que eu falei que estava lá, mas o ser não pode me culpar de tê-lo mandado ir ver. Foi porque quis. E os alunos, que a amavam, estavam esculachando mesmo, pegando pesado. Sabe por que pararam? Porque eu escrevi e dei um basta. Eu coloquei lá que ela estava tentando fazer o melhor e não era justo o que eles estavam fazendo. EU.ESCREVI.ISSO.

E o que ela fez?
Um post gigante me chamando de escrota (esse foi o tratamento mais meigo) e outras coisas. E eu só pensava: FILHA.DA.PUTA.MALUCA. Doida, ensandecida. A visão da Pessoa continua a mesma, acreditando que só o ensino público tem jeito. Ela só não levou em consideração que o colégio de onde havia sido demitida é quase uma extensão do público, porque a maioria dos alunos era bolsista de escolas públicas.

Ah. Que lindo foi o mail que recebi depois. Porque ela mandou um mail para todos do colégio, agradecendo, falando, se fazendo de A SANTA INCOMPREENDIDA... E a primeira pessoa a ser agradecida era... EU. A pessoa desgraçada sem rumo certo agradecia a mim por tê-la levado para o colégio.

Filha da Puta duas vezes!

Primeiro, por ser absurdamente falsa, por se fazer de boa moça quando na verdade achava que eu era a causadora de todas as suas dores. Segundo por lembrar aos que já haviam esquecido que ela tinha entrado no colégio por meu intermédio. Porque né, depois eu escutei (e muito) “ah, ela era sua amiga, então não dava pra falar...”.  Ainda bem que sempre consegui deixar bem claro que era minha conhecida e eu que eu não tinha a menor ideia de que ela precisava tomar remédio tarja preta para conviver em sociedade.

Depois ainda se teve a troca de alguns e-mails e eu terminei só desejando que ela tenha aprendido alguma coisa da experiência porque se ela continuar com o hábito de tacar coisas em alunos em colégios públicos vai sair de dentro de um deles num rabecão. Não sei se aprendeu. Porque pelos últimos posts dela no blog (sim, eu leio, sim, eu sou Stalker), ela tá cada vez mais achando que a certa é ela e o mundo INTEIRO é que é o ERRADO. Porra, isso é demais até para a minha cabeça.

O caso é que depois que ela saiu é que as histórias aparecem mesmo. Tipo, ela não seguia o conselho de ninguém mesmo. Professores que cansaram de tentar ajudá-la usaram dois adjetivos que a definem muito bem: “teimosa” e “imatura”. Só que, porra, depois dos 30 você não tem mais esse direito. Ou você aprende ou você aprende. Mas parece que o ser não quer mesmo isso. Então, pela terceira vez, se fode aí, com seus bichos e sua mania de perseguição.

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