sábado, 31 de março de 2012

Da difícil tarefa...

... de ser eu.

Não, eu não sou tão impossível de ser levada. Tipo, uns 70% das vezes sou alguém super legal e controlada, que quer o bem de todos e que acredita na salvação do mundo, em fadas e em duendes. Os outros 30% é o que dão o ar da graça.

Porque eu tenho muitas qualidades - como quase todo mundo tem - e muitos defeitos - como o mundo todo tem.

E um dos meus maiores defeitos (ou falta de qualidade, para os Positivistas de plantão) é que eu sou absurdamente ansiosa. Tá, junta com um outro que é não suportar pedir favores pra ninguém (isso é defeito?)

Daí que juntou tudo isso nesses últimos tempos e eu tive que lidar comigo mesmo a beira de um ataque (mentira, eu dei váááários ataques) por conta dessa conjuntura aí de cima: ter que esperar e ter que pedir favores. 

E sabe de uma coisa?
Sobrevivi.

De vez em quando é bom passar por certas provas de fogo, ver até que ponto somos capazes de ir.

Então, eu descobri que me estresso pra caralho, fico puta pra caralho até que.... Eu deixo pra lá e penso FODA-SE. 

E, plim!

A mágica funciona e o "O que não tem remédio, remediado está" toma as rédeas. E, graças a Deus, tudo entra nos eixos. Na verdade, é exatamente no momento no qual eu deixo nas mãos de Deus é que as coisas entram nos eixos. Por isso acredito muito que é Alguém me testando, sabe? Alguém me dizendo "caralho, se controla e pára de viadice!" (Pois é, meu Deus é desbocado. É que o Cara sabe realmente das coisas...)

Quem está de fora acha que a minha montanha-russa particular ainda vai me matar. Mas eu te juro, Zuzu, estressar, gritar e espernear é o que me mantem viva. Ainda estou tentando entender como é que tem gente que sobrevive sem jogar as coisas nas paredes e gritar como vilã de novela contrariada. Porque, né, é isso que limpa o meu fígado, joga a adrenalina no meu sangue e faz com que eu tenha força de continuar. Faz parte do processo até eu entender e chegar no FODA-SE mór e falar pra Deus: "cansei, faz do Seu Jeito".

E daí quando a coisa se resolve, depois que eu já chorei de raiva, de desespero e de tudo mais, eu fico feliz, muito feliz. E não, eu não choro de felicidade. Porque isso é coisa de mulherzinha, coisa de gente fraca. Faço a maior cara de blasé que se tem notícias e finjo que é normalíssimo as coisas darem tão certo para mim, que eu sou uma pessoa feliz e controlada e que nunca pensei em suicídio no meio do caos que a minha se transforma por vezes.

E saio como uma Diva, como se todos devessem ser exatamente como eu sou - perfeita, poderosa e dona de mim.


E depois, quando o resto do mundo não está mais me olhando, rio como uma doida do meu total descontrole.

Um comentário:

  1. Seeeensacional. A gente em espantosa sintonia. No meu post de hj falava de remédios diros de engolir tb. Linda, divaaas.

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